O prazer de pedalar

Há quase dois anos que comecei a andar de bicicleta, e nunca imaginei o mundo que estava escondido por trás de uma bicicleta. Para mim as bicicletas eram todas iguais, e eram utilizadas apenas para se deslocar do ponto A ao ponto B.
Certo dia uns amigos convidaram para dar um passeio de bicicleta, a mim que nem bicicleta tinha. Com um certo receio do empeno e com uma bike emprestada lá fui eu.
Não me divertia tanto havia muito tempo, e não pelo prazer de estar em contacto com a natureza que já de si é um bom motivo, mas pelo convívio e espírito de entreajuda.
É que se estás numa longa subida que não te dá descanso ás pernas e só pensas em saltar da bicicleta e levá-la á mão, ou praguejas e dizes que devias ter ficado em casa deitado no sofá a olhar para a televisão e ser mais um sedentário, vem outro que puxa por ti e não te deixa desistir e dá forças para continuar. Esta força de união, amizade e entreajuda só a vi no dia em que comecei a andar de bicicleta.
Se a este ambiente adicionar-mos o facto de estarmos a zelar pelo nosso bem estar físico, então é só vantagens. Claro está que de vez enquando uma quedazita faz parte, e ajudanos a lembrar que uma bicicleta não foi feita para voar, mas para disfrutar da natureza e de um modo de vida.